domingo, 28 de abril de 2019

Wrecked - uma série muito javardona (setembro 2018)

Vou na terceira. 
Isto é uma misturada de referencias televisivas e de cinema embrulhada num sentido de humor que varia entre o non sense e o light gore. Muito aditiva.


O episódio em que homenageiam a Guerra dos Tronos é qualquer coisa de espectacular, mas o da gravidez falsa e a ida à clínica é um trabalho de guião e actor do caraças.
Não traz nada de novo mas pode-se consumir sem moderação que não faz mal nem engorda.



Final Space - uma série fofa e destruidora (Setembro 2018)

É a 3ª ou 4ª vez que revejo isto e de todas as vezes encontro algo novo.
É uma peça de ficção cientifica sensacional, uma delicia para quem gosta de coisas bem escritas. 
No final é que se vê tudo e é tão, tão bom.
Tão bom
Chookity

Europa

Há filmes tão importantes para mim que me lembro de onde e quando os vi.
Este, que vi no mirita Casimiro. 
De vez em quando sonho com a voz do Sydow e isso é bom.


Bohemian Rapsody - Novembro 2018

Um filme estranho

Não sendo fá devoto dos Queen mas fazendo, querendo ou não, parte da minha adolescência, fui ver este Bohemian Rapsody de coração aberto e sem nada à espera. 
Para já, todos os trailers que vi estão bem mais interessantes que o filme em si. e nas palavras do Nuno Markl (não sobre isto) é um filme que vai mamar nas tetas da nostalgia. E este filme fá-lo com força e sofreguidão.


Primeiro, a história. Sendo uma espécie de biopic, fala da história do Freddie Mercury desde os tempos em que não era conhecido até ao final em 1991, com algumas da músicas mais emblemáticas da banda a surgirem como motor da narrativa do filme. Fala de amores e desamores, da vida atribulada com as festas, os amantes, o amor da vida dele etc. 


Segundo: os actores. Eu não conheci o Freddie Mercury quando o moço era vivo, logo, depreendo que deve ter havido por parte da direção de actores e dos próprios algum cuidado e investigação sobre como eles eram. E acho que é aqui que a coisa corre mal. É tudo tão estereotipado, tão artificial que não me deixou crer que aquilo tenha sido assim. O Malek faz um Freddie tão cheio de tiques e maneirismos que acaba por ser chato e sem brilho. Excepto nas partes em que cantam e preparam as músicas, Aí parece que há dois Malek, ou no extremo, dois realizadores.


Terceiro, a música. Todas as músicas do filme estão lá para dar suporte à coisa e orientar para o inevitável desfecho. A música é a única parte verdadeiramente interessante deste filme, sendo a parte final da actuação no Live Aid o climax de todo o filme.
Este filme, a certa altura, fez-me lembrar o Doors, com o Val Kilmer. Sendo o Stone um fá devoto da banda mas também um realizador incrível, foi feito com um olhar apaixonado mas tecnicamente irreprensivel. Mesmo o canastrão do Kilmer faz um bom trabalho.
Este Bohemian Rapsody é feito com paixão mas só. É um filme para se ver com olhos de fã e não com olhos de cinéfilo. 


É nisso que é estranho. Mas confesso que as quase três horas do filme passaram depressa...



Premonição (estava certo) A rapariga apanhada na teia de aranha (6 nov18)

Depois de ver este filme, sinto-me aliviado e insultado ao mesmo tempo.
Aliviado porque não gastei dinheiro no cinema para ver esta porcaria.
Insultado porque ninguém me vai devolver o tempo que perdi a ver esta porcaria.


Escrevi isto em Novembro de 18:
"Apetece-me ver isto mas por outro lado o meu instinto diz-me que vai ser um cócó.
Depois de devorar a trilogia millenium este quarto livro escrito pelo Lageratz já não me soube tão bem. Tanto que ainda nem o acabei de ler.
Eu tenho os três livros e os três filmes suecos desta história. Os filmes são magníficos e fazem justiça aos livros.
O da Rooney Mara já não achei muita graça, mas vê-se. 
Este se calhar vou esperar para ver depois..."

e infelizmente estava certo.

The end of the fucking world (09/11/2018)


Acabo agora de ver isto 
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é como se o wong kar wai, o wim wenders, o Shakespeare e o Guy Richie se juntassem num pub e ao fim de umas valentes cervejas escrevessem isto. É magnífico. 


Escrito de forma inspirada, filmado à inglesa, diálogos e voz off sem defeitos. Um texto de uma inteligência mordaz, nada previsível mas perfeito na narrativa. E que narrativa! É impossível não gostar dos protagonistas, adolescentes imperfeitos e à procura de algo que nem eles sabem o que é. Ea felicidade ali à beira mar no fim de uma road trip que fica ali à beira do fim do mundo, que é o fim do mundo. Onde acaba tudo, ou não.


E a banda sonora, absolutamente perfeita)
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e agora estou todo amarfanhado por dentro.


Ralph VS internet (2018) - 30/11/18

Um clássico daqueles.

Este Ralph é um filme delicioso, divertido e sou gajo para o ir ver outra vez.


O primeiro, de 2012, caiu-me no goto logo nas primeiras cenas. Era (é) um filme inteligente e intemporal que tanto funcionava há seis anos como hoje.


Este, de 2018, actualizou-se muito bem e mostra, de forma bem disposta e com umas dentadas pelo meio, a internet como a temos hoje. Claro que não é só isso, mas as cenas com as princesas e as piadas sobre si próprias são um ponto obrigatório.


O (único) momento musical é qualquer coisa de extraordinário, quase de contra cultura. Que engata na parte final do filme em que os papeis das princesas se invertem. 


Tão, tão bom!
Apesar de estar a ser lançado no natal, é daqueles que fica.
Agora fica-me a faltar ver na versão original. A dobragem está muito boa mas o original... tem de ser.



Superhero landing! Aquaman (2018) - best aquaman ever (15/12/2018)




Não sei quantas vezes disse isto durante o Aquaman. Ora aqui está um filme de super heróis à séria e parece que desta vez a DC acertou e fez uma coisa com pés e cabeça, divertido mas sem exageros, lutas espetaculares, herois e contra herois e até um mini filme depois dos créditos finais. (Ok, o Wonder Woman também é bom) 


Eu confesso que quando vou ver um da DC vou um bocado a medo porque nunca se sabe o que de lá vem. O super homem vs batman foi das maiores secas que já apanhei e só aqueles 10 minutos finais com a WW deram algum ar a um filme que começou afogado...


E este Jason "Dothraki" Momoa (que eu já apreciava do tempo do Stargate Atlantis)? No ponto! E a Nicole Kidman... meh. Igual a si própria, faz o que tem a fazer mas nada de novo.


O que é novo é a espetacularidade dos planos, dos cenários, das batalhas. Mesmo bichinhos delicados como o cavalo marinho ganham ali um impacto e uma apresentação brutais.


Claro que há quem diga que o argumento é um bocadinho... fácil e parece um Indiana Jones à procura de uma coisa qualquer, com o seu arqui inimigo à perna. Claro que sim. Não é suposto um filme destes fazer uma reflexão profunda sobre o que quer que seja! É um filme de super herois! 


Sou gajo para ver outra vez!





Eu, Tonya - este que não vi no cinema

Quando esta obra fantástica passou nas salas não lhe dei atenção. Não só porque o tema em si não me dizia grande coisa mas porque pensei que fosse outra coisa.

Entretanto vi o filme, naquela. E... bolas! Que filmão.

Uma espécie de goodfellas parolo com parolos a fazerem de goodfellas e uma Toya Harding a ser tramada por todo o lado.

mas é o tom do filme, quase confessional, quase confidente que me agradou, que me fez parar o filme e voltar ao inicio,  sentar-me e fazer só o acto de ver o filme. Porque é daqueles filmes.




Capitão Marvel (2019)


É um filmão. Um filmão!
Daqueles a repetir enquanto está nas salas.
Perfeito. Divertido. Comovente. Tipo a Wonder woman se fosse marvel e a DC já estivesse a este nível.
E a homenagem ao homem, Stan Lee, que mexeu comigo e foi logo no início.
E logo a seguir o poster do rid of me da PJ Harvey.

U A U 


Maniac (Série 2018)


Esta série numa espécie de sci-fi estranho é das peças de tv mais curiosas que tenho visto.
Merece atenção.


Zizek Vs Peterson, o debate do século





Para mim, um recorde absoluto de tempo a ver a mesma coisa no youtube. 
É hipnótica a dialética entre a paixão do Zizek e a chatice do Peterson. Vou a meio da segunda visualização.
O Zizas até pode nem ter razão numa série de coisas mas, bolas! a maneira como as defende é memorável.
E o Peterson, que chato. Que chatooooooooo!
Numa coisa de quase três horas, o conteúdo é importante mas a forma e a embalagem também.



Blindspotting - ou como as coisas não são bem o que parecem



Este é dos filmes mais interessantes que vi nos últimos tempos, enérgico, alucinante e, à primeira vista, muito divertido.
É-o à superfície mas consegue ser mais que isso.


É um filme daqueles que não percebo porque não faz o circuito de sala, tem uma fotografia incrível, tem uma banda sonora de deixar o queixo caído, um trabalho de atores soberbo e uma narrativa surpreendente, mesmo sobre um tópico fácil de adivinhar.


Para quem gosta de coisas boas, obrigatório

Avengers: endgame.

Avengers: endgame.

Este é um filme sobre o qual se escreveram rios de páginas, antes e depois de sair, com n previsões e depois com opiniões mais ou menos pertinentes, baseadas em n critérios.

Antes de ir à ante-estreia, não li nada. Revi o Infinity Wars só naquela mas fui de espírito aberto para o que desse e viesse.

Primeiro: se vais ver este filme com o cérebro, vê-o em casa depois. Este filme vê-se com o coração de quem gosta destas coisas.

Segundo: para entender este filme não basta ter visto a primeira parte. Este filme é o corolário de mas 8 ou 9 para trás, como se fosse uma longa metragem ou uma série daquelas muito boas.

Terceiro: Anda para aí malta a dizer que o filme não faz sentido, que a linha temporal não está certa, que a narrativa encontrou uma solução fácil para acabar a história. Errado. E certo também. Mas, se formos a pensar que nada disto existe e é tudo ficção e fantasia, o que é que interessa? Nada.
Em defesa da coisa, faz sentido sim senhor. Eu não tenciono tirar um doutoramento em História das histórias da Marvel mas conheço o suficiente para saber que faz todo o sentido. Mesmo que não faça.

Quarto: É um filmão do caraças. Um filmão de três horas que parecem cinco segundos (spoiler) e que é uma montanha russa de emoções, desde o divertido ao lamechas. Mas isso faz parte. Faz parte porque quer queiramos quer não, estabelece-se uma relação com alguns personagens e, mesmo sabendo que não existem blá blá blá, mexe connosco quando algo lhes acontece.

Quinto: Ah isto é um filme para putos/nerds/geeks seja lá o que for. É. Mas também é um filme que vale por si sem ter visto o que vai para trás. Tem um argumento interessante com reviravoltas e momentos de choque e surpresa, tem uma fotografia imensa e muito, muito bem feita e filmada e tem um lado afectivo que não deixa o pessoal sossegar.

Sexto: Não sendo raro ir ao cinema à tarde, foi invulgar ver, às 19h, uma sala cheia cheia. E ouvir exclamações e palmas durante o filme. Tão bom. Quer dizer, tão bom numa estreia, regra geral é chato e dá vontade de rir.
Eu gostei e vou repetir a dose.